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terça-feira, 11 de outubro de 2011

A VIDA NOS PALCOS


O mundo. Esse corpo celeste esférico de mais de mil quilômetros de diâmetro que não possui fonte própria de energia nuclear e gira ao redor de uma enorme estrela da qual reflete a luz. Essa imensidão que preenche em todo os aspecto o vazio de seus olhos, que desafia os limites dacapacidade humana.
O mundo é como um imenso teatro com galerias e tudo mais, onde pessoas de vários tipos de classes atuam o tempo todo. A onde você atua! Peças do tipo dramáticas, românticas ou até mesmo uma comédia. Às vezes pegamos um dos papéis principais da dramaturgia, o degovernador “Pôncio Pilatos” e por volta e meia atores do tipo judeus doséculo um trazem Jesus até você para o crucificarem, você entra em cena; barulhos de tambores saltam de sua cabeça em ritmos acelerados, os bastidores silenciam em reverencia, as luzes já está sobre você, o palco já esta preparado. É o seu momento! Suas mãos começam a soar frio, seu coração parece ter vida própria se sentido sufocado preso numa caixa de sapatos. Então você se lembradas noites em claros que passou, do rapaz todo sujo que foi ontem na sua casate pedir um prato de comida e você o negou, daquelas festinhas particulares entre amigos, dos lugares divertidos que só você e aquele medíocre grupo da sua classe social participaram, enfim, foram muitos anos de preparo, você ensaiou esta cena varias vezes, pra ser mais exato sua vida inteira. Cuidadosamente você pega uma tigela com água, olha para multidão que te cerca, encarna o personagem e com um gesto delicado lava as mãos, tira de letra! Barulhos de aplausos à platéia toda de pé gritando, bravo! Bravo!
Esse é o mundo que eu e você vivemos, desde pequenos fomos preparados, instruídos para não falhar, condicionados para que nada saia fora do script, afinal as pessoas espera-o láfora. Segundo o escritor anônimo da epístola aos hebreus na versão revista ecorrigida de João Ferreira de Almeida nos capitulo 12 e versículo 1 o escritor da uma ênfase ao comparar tais pessoas como uma tão grande nuvem de testemunhas e nos deixa um lembrete; - “deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos...”
-Corra! Corra, escape por sua vida. Vozes do apocalipse capítulos 18 e versículos 4 são bem nítidos como uma tela de plasma de 56 polegadas em finais de copa do mundo, o apóstolo João descreve aqui o clamor de Deus para com a sua igreja nas linhas do apocalipse; “Sai dela, povo meu...” Deus não atura o sarcasmo, os seus filhos não devem andar em conformidade com este mundo, embaraçados com os negócios dessa vida.(Romanos 12;2 Mateus 16;26 18;7 João 15;19 16;33 17;14). Uma decisão que só você pode tomar. O mundo teatral a qual vivemos é fascinante e atraente, envolve as pessoas de maneira tal, como as noites frias nas cidades interioresda grande São Paulo em épocas de inverno, como um Petit Gateau aquele pequeno bolo de chocolate ao ferir delicadamente com uma colher de sobremesa escoa a misteriosa cauda que mais parece uma mina de chocolate contagiando toda a bola de sorvete, é fascinante!
Os fariseus da época de Jesus eram esplêndidos, atuavam melhores que Steve Sigal em um dos seus filmes de ação, se me perguntassem quem inventou o teatro não pensaria duas vezes; “Foram eles os fariseus”. Segundo Flavio Josefo um escritor histórico que viveu em meados do século 1 nos relata que os fariseus surgiram no século 2 a.C e ao longo do século 1 d.C foram desaparecendo.
Eles eram considerados pela comunidade judaica como a elite religiosa daquela época, homens de Deus, piedosos e exemplo para os fiéis, tinham uma política severa, atavam fardos pesados nas costas dos judeus, e se alguém não obedecessem eram excluídos. Apesar de terem uma bela aparência de piedade, atuavam bem esse papel, alargavam as franjas das suas vestes e traziam largos filactérios ou seja, dois cubos côncavos feitos de pelede animais puros, atados a tiras de couro, usado muito na antiga aliança na parte frontal ou nas mãos para identificar os israelitas como fiéis a Deus e fazer separação entre os outros povos. (deuteronômio 6;8 11;18). Fazendo tudo afim de serem vistos pelos homens. Isso soa familiar? Parece que, já vimos esta cena antes! Não é?
Mais isso se resume melhor aos lábios de Jesus e João Batista. “Hipócritas, raça de víboras e sepulcro caiados”.
Vou expor algumas cenas da minha vida para facilitar mais a compreensão. Antes de deixar a vida nos palcos, entenda; quando menciono palcos e teatros são títulos superficiais que usei para descrever o mundinho que gira em torno de nossas cabeça e a falta da vitamina compreensão, que aflige em média de 80% da população mundial, sem exageros, dando brechas para doenças do tipo cegueiras espirituais, corações enrijecidos e a pior de todas, que já levou muitas pessoas para o abismo, a síndrome do fariseu. Enfim, fiquei alguns anos em uma seita religiosa, que residia num Salão poucas quadras de minha casa, dediquei parte de minha vida e cheguei até levar algumas pessoas comigo, não muitas, desisti algumas vezes, achava que não conseguiria atuar, nunca me dei bem pra esse tipo de coisa, mas continuei com fé e coragem. O salão, abria três vezes por semana, para as reuniões solenes e os cultos aos anjos. Como todo teatro precisa de um diretor, lá também tinha um diretor e todo um roteiro para ser seguido como as programações de televisão. Era meio atrapalhada, uma imitação barata e distorcida das escrituras sagradas, como essas que vimos nos quarteirões movimentados e nas avenidas mais conhecidas de nossa cidade. Tinha todo um figurino para trajar, que nem os fariseus que mencionei logo a cima, só que ao invés de longas franjas em seus vestidos, usavam ternos caríssimos, gravatas chamativas e sapatos de couros bem ilustrados. Até uns meses atrás, a notícia que se espalhava, era que a diretoria já tinha adotado os sapatos cromo alemão. E ao invés de largos filactérios, aquele pacto de identificação usadona testa, que só tinham os israelitas fiéis a Deus na antiga aliança, eles carregavam credenciais, almejavam os melhores lugares no púlpito e também carregavam um pequeno frasco de azeite. Para obter esse frasco você tinha que estar bem envolvido, só um pequeno grupo tinha, o diretor e seus comparsas. O meu papel da peça era de obreiro em observação ou seja, iniciante. Como eu disse, não levava jeito, às vezes desistia e tinha que começar tudo outra vez, o bom de eu sempre estar no inicia, me dava à chance de conhecer novos candidatos para suas futuras carreiras e de estar sempre pegando roteiros novos.
Às vezes fazemos vista grossa pra muitas coisas que vimos por ai, isso nada mais é do que uma bagagem que adquirimos no meio teatral, precisamos nos desprender para enxerga a realidade e fazermos parte dela, e somente um homem foi capaz de desvendar os mistérios dessa terra e cumprir através dEle todas as coisas deixando assim um rastro de pegadas para ser seguidas que por todo esses anos não foram apagadas, muitas delas foram escondidas em baixo desses palcos da vida e esquecida por maior parte das pessoas que ainda não tomaram uma decisão concreta e decisiva para suas vidas.

Um comentário:

  1. Olá...achei muito interessante e real tudo o que relatou neste texto, acredito que ainda podemos ir além, hoje para mim as pessoas se transformaram em pequenas marionetes do sistema, e vendo isso fui buscar o significado para a palavra no dicionário, e achei:
    s.f. Pequena figura de madeira ou de papelão que um homem, oculto atrás de uma tela, movimenta com os dedos ou por meio de cordéis.
    Fig. Pessoa frívola, sem personalidade, que se pode manejar à vontade; títere.
    Está nítido nesta explicação como as pessoas aqui no mundo estão vivendo, como marionetes,estão simplesmente sendo manejadas, não possuem mais personalidade, vivem penduradas por fios, ou cordéis que representam os rituais em que insistem em cumprir, em campanhas sem fundamento e em trocas que acreditam que funcionem. E vivem assim, simplesmente manipuladas por alguém, ou por algo em cima de um palco, que é a vida, em uma forma de entretenimento, como se nada estivesse acontecendo, ou que irá acontecer, como se não devessem se preocupar com a vinda de nosso Criador e com a sua salvação. Realmente tudo o que li se resume SIM a vida que algumas pessoas levam, se preocupam com coisas tão banais e inúteis e esquecem do principal. Hoje vejo que não vivem mais a vida, é ela que os embala e permitem que as faça, se conformam e dizem que nada mais podem fazer, será que esquecem que iremos prestar conta do que fizemos nela?
    “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.Apocalipse 20:12.
    Espero que tenha conseguido passar o inconformismo que gera em mim e em muitas pessoas que buscam a verdade, que devemos estar sempre em busca da nossa salvação, mesmo que tivermos que deixar para trás o que amamos no mundo, pois o nosso foco deverá ser um só daqui para frente.

    A paz.

    Mayra Helena

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